No dia 24
de novembro, às 16h30, sob orientação do professor Dr. Nivaldo Machado, a
integrante do Grupo de Pesquisa em Filosofia da Mente e Ciências Cognitivas,
Julia Gabriela Warmling Pereira, defendeu o Trabalho de Curso intitulado
“Direito, filosofia da mente e neurociências: um diálogo necessário”, no Núcleo
de Prática Jurídica da Unidavi, em Rio do Sul.
O
trabalho estuda, em um primeiro momento, abordagens históricas da filosofia da
mente, onde se buscou destacar os principais filósofos e seus pensamentos,
verificando o problema mente e cérebro através de diversas teorias
desenvolvidas ao longo dos anos. Ponderou-se, posteriormente, as descobertas
neurocientíficas para esta questão mente-cérebro, já que desta expansão originaram-se
novas disciplinas como a filosofia da neurociência, mantendo uma via de mão
dupla com as disciplinas da neurofilosofia e a neuroética.
A
pesquisa tratou também do campo da "Neurociência Cognitiva", com uma
abordagem história de sua evolução, onde se mostrou os avanços mais recentes
desta ciência do cérebro e a possibilidade de analisar, através de técnicas de
imagem cerebral, lesões em regiões específicas do cérebro que desempenham
funções na elaboração de condutas morais e éticas, na tomada de decisões e na
resolução de problemas. Sendo estas áreas: o córtex pré-frontal, a área ventral
do córtex pré-frontal, a região ventromedial do córtex pré-frontal e, por fim,
o córtex orbitrofrontal. Na sequência,
examinou-se um caso concreto sobre as consequências de uma lesão no córtex
pré-frontal. Este caso ficou conhecido como o de "Phineas Gage".
Por fim, o
Trabalho de Curso abordou alguns métodos utilizados pela neurociência que
desvendaram importantes funções cerebrais para a conduta e comportamento humano
e como tais resultados vêm sendo trabalhados pelos profissionais do direito em
Tribunais, no que diz respeito à atenuação e/ou abolição de pena, sob o
fundamente de retrasos mentais ou o desenvolvimento incompleto do córtex pré-frontal.
Em seguida, verificou-se, sob a ótica da neurociência, a questão da menoridade
penal, sendo apresentadas algumas questões que permeiam o meio jurídico,
científico e filosófico. Para tanto, tomou-se como corpus as obras de Atahulpa
Fernandez e Marly Fernandez, João de Fernandes Teixeira, Michael S. Gazzaniga e
Nivaldo Machado.
O estudo desenvolvido
por Julia recebeu nota máxima e foi bastante elogiado pela banca avaliadora. Há
alguns anos a acadêmica se dedica aos estudos envolvendo Direito, Filosofia da
Mente e Neurociências no Grupo de Pesquisa em Filosofia da Mente e Ciências
Cognitivas e já apresentou diversos trabalhos em eventos acadêmicos de renome
nacional.
A Julia sempre é um sucesso a parte! ;)
ResponderExcluirMestre e amigo Nivaldo, saiba que sem sua participação este trabalho seria incompleto!
ResponderExcluirAbraços..
Parabéns, Julia!
ResponderExcluirIsso é fruto de muito trabalho, dedicação e competência! É assim que se faz a diferença!
Sucesso sempre!
Beijos Amiga!