kantianamente falando...
Poderemos nós seres humanos...pensar para além daquilo que nossa estrutura cognitiva nos possibilita? Você consegue pensar em algo que não consegue pensar?
É isso que o professor João Teixeira vai chamar do problema da intratabilidade...poderemos nós pensar para além do pensamento?
Não gosto muito dos devaneios quando tratamos de filosofia. Mas, relembrando Kant... Talvez estejamos condicionados àquilo que nossa estrutura da razão nos permita!
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ResponderExcluirNão devemos confundir questões ontológicas com questões epistemológicas. O que existe é uma coisa, e o que podemos saber sobre ela é outra totalmente diferente. Pode haver coisas completamente icogniscíveis para nós, portanto devemos ser cuidadosos em não tratar os limites do nosso conhecimento como guias confiáveis aos limites do que existe. (Dennett, Tipos de mentes, 1997)
ResponderExcluirO que querem dizer com, Pensar além do pensamento?
ResponderExcluirSe eu entendi quer dizer pensar no que não existe... estou certo ou errado???
porque se for isso, acredito que é possivel sim, pensar além do pensamento....
Significa pensar para além do que o cérebro pode pensar, como por exemplo no numero 78.000 000. O mesmo que perguntar se um carro projetado para chegar até 200 km/h pode chegar a 1000 km/h. (ok, talvez não exatamente o mesmo, hehe)
ResponderExcluir....Kant afirma que existem limites para aquilo que podemos conhecer.Eu nunca conheço a coisa (uma caneta , por exemplo) em si, mas apenas da forma que ela se apresenta pra mim. Da mesma forma que ao falarmos de mentes e cérebros, estaríamos apenas falando de como mentes e cérebros se apresentam pra nós. “Assim quando afirmamos a equação estados cerebrais = estados mentais, estamos apenas formulando um pensamento. Um pensamento acerca do cérebro que o relacionaria a outro pensamento, acerca da mente. Nunca teríamos condições de saber se essa equação é verdadeira ou não, pois isto exigiria que transcendêssemos nosso próprios pensamentos...o que seria impossível já que não podemos ultrapassar os limites da nossa experiência possível” (J. Teixeira)
ResponderExcluirTenho dúvidas! :D
ResponderExcluir"Pode ser" que eu não consiga pensar no que não existe!
A questão é que realmente eu nunca parei pra pensar no que não existe. ;/
Segundo Descartes, se "penso, logo existo". Então se eu penso, sei que estou pensando, sei "no que" estou pensando. Poderia "no que penso" não existir se nele penso?
Mas quem garante que eu penso?
Ana Paula,
ResponderExcluirVocê está criando um clássico Paradoxo.
Adorei!
Talvez o "Pensar sobre" nos leve a um retorno ao infinito.... o que é muito perigoso...
Mas, vou acompanhando....está ficando interessante!
Rafaela,
ResponderExcluirTua reflexão está perfeita. O problema que o Professor Teixeira apresenta de base kantiana é exatamente esse!
Talvez tenha que existir algo "de fora" para poder explicar (tal necessidade é correta lógica e epistemologicamente...mas um tanto bizzara se imaginarmos sua efetivação real...ok!)
Gosto muito da proposta do Dennett quando retira da Primeira Pessoa a questão e leva para uma reflexão "acerca de" em nível de terceira pessoa. Desse modo, não teríamos mais que nos preocupar com o Problema Carteziano no que tange a existência do COGITO.
Impressão minha ou essa questão é muito simples?
ResponderExcluirPodemos pensar em algo que não podemos pensar? Claro que não.
Como você poderia pensar em algo que não consegue imaginar? Você pode saber como um motor à combustão interna funciona, pode ser o engenheiro que projetou o motor de F1 da Ferrari e ter um q.i +300, mas conseguiria imaginar a interação simultânea de todas aquelas partículas?
Caro Renato,
ResponderExcluirEsta questão pode parecer ser muito simples. Mas se você der uma olhada nos grandes pensadores que marcaram a história muitos deles inferiram afirmações acerca daquilo sobre o provável.
Não que eu discorde de você, pois admiro muito a vertente Kantiana, mas, teses futuristas podem permitir a possibilidade de ocorrência de eventos ainda não possíveis... e neste viés, temos inúmeros exemplos.... (como a existência de celulares, tv, internet, cirurgias mecatrônicamente controladas...)
... mas, concordo com a tese da Rafaela inspirada no professor João Teixeira....talvez existam mesmo questões intratáveis.... mas nem por isso assim tão simples...ok!
Então... posso eu pensar em algo que não posso pensar? Esse problema da intratabilidade (como apontado pelo Nivaldo) vêm desde Kant. Kantianamente falando, seria impossível pensar (transcender) algo que está além de mim, que não parta de meus conhecimentos, algo que eu ainda desconheço. Essa pergunta remete muito a questão do CONHECIMENTO. Husserl vai falar que sim: que é possível transncender (para além de mim, das minhas possibilidades, eu diria), ou seja, pensar em algo do qual não tenho recursos suficientes para pensar. Esta transcedência é um tanto inconclusiva para mim, mas é interessante refletir sobre ela.
ResponderExcluirPensar além do pensamento...
ResponderExcluirÀ "muito" tempo atras celular era uma coisa "impensavél" até alguém pensar!Não seria uma questão de tempo?
Acho que deveria-mos voltar e refletir sobre o que começou estes comentários.
ResponderExcluir"Poderemos nós seres humanos...pensar para além daquilo que nossa estrutura cognitiva nos possibilita? Você consegue pensar em algo que não consegue pensar?"
Creio que isso vai muito além de pensar em coisas inexistentes. Por exemplo, por mais absurdo, consigo pensar na substituição do celular, por um micro chip intra corporeo, onde a fala, é substituida por informações neurológicas e traduzidas e enviadas automáticamente a um computador, que por sua vez teria um sistema de leitura dos mesmos, que através de uma sequencia lógica nos emitiria de maneira sonora e compreensiva as Informações. (nossa! quanta imaginação).
Isso é inexistente, porém, não impede de eu pensar por que não está para além de minha estrutura cognitiva.
Agora tente imaginar:
Sabemos que a velocidade da luz é igual a 300.000 quilômetros por segundo. Se 1 ano possue 31.557.600segundos então Um ano Luz é igual à 9.467.280.000.000 quilômetros
(9 quatrilhões, Quatrocentos e Sessenta e Sete Trilhoes e Duzentos e Oitenta Bilhões de quilômetros.
Há, a Astrologia nos diz que a mais próxima estrela está simplesmente à 4,3 anos Luz. (é só Múltiplicar os números acima por 4,3. rsrsrsrsr)
SERÁ QUE VOCÊ CONSEGUIU PENSAR SOBRE ESTA DISTÂNCIA.
Acho que é impossível!!! Abraços
ematuir,
ResponderExcluiré nesse caso que explicita-se a limitação cognitiva humana. E este último exemplro neutraliza o primeiro, sendo que nele você já tinha prévio conhecimento das bases materiais para se construir tal dispositivo, e se não tinha criou-as a partir do aprimoramento das já existentes.
Exatamente!!!
ResponderExcluirpensar além do que posso eu pensar.... não será essa a maior contradição possível? fazer e não fazer uma coisa ao mesmo tempo? digo, isso parece estranho... mais não completamente desconsideravel!
ResponderExcluirAfinal, no mundo atual, nada mais é impossível!
a ídeia de um pensar para o além de sí seria uma espécie de "ovo de Colombo"
ResponderExcluirdepois que alguém pôde fazer, qualquer um pode fazer...mas ninguém havia pensado que dava para fazer...
o que falta são contingências mais eficientes!
ResponderExcluir=D
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ResponderExcluirNo pensamento de Kant, é importante consignar que a noção que dele se tem na atualidade supera afirmação da mera liberdade racional. Então, a importância da afirmação de que subjulga a idéia atual, influencia na pura autonomia da razão...
ResponderExcluirTambém é interessante notar que Teixeira (2000), cita McGinn que sustenta que "não podemos transpor os limites da nossa própria razão.Na filosofia da mente, da mesma maneira que na matemática, há problemas cuja solução é impossível."
ResponderExcluirReforçando a afirmação do Nivaldo na primeira postagem.
Poderemos pensar para além daquilo que nossa estrutura cognitiva nos possibilita?
ResponderExcluirVocê consegue pensar em algo que não consegue pensar?
Logo na primeira tentativa de leitura na não entendi muito bem. O que entendi
é que podemos sim pensar alem do nosso pensar, é como a a Rafaela exemplificou com Kant, uma caneta é só uma caneta, porém acredito que podemos pensar muito alem da caneta, talvés de como ela foi parar em nossas mãos, de como saiu a idéia de fazer a caneta naquele formato, dos processos quimicos para fabricar a tinta, enfim como ela ta ali, feitinha, pronta.
Podemos pensar também em números de infinita proporção, dos quais não sabemos onde aplicalos.
A partir do momento que se tem o conhecimento da identidade de algo,aquilo é o que entendemos pela face da questão.Isso não significa que tal idéia seja a verdade absoluta.Mas é sim a verdade em que acredito,então é a minha realidade.Qdo pensar naquele ser terei minha concepção do que ele é.Agora,se tentar pensar em algo que não identificar,o "registro" do que estou procurando não aparece.Portanto,posso ter idéias para inovações tecnológicas como ja foi mencionado, mas tal pensamento só foi possível porque há a "configuração" predisposta,há uma definição do elemento q já almeja um método.Método é o q AINDA não foi"configurado".
ResponderExcluirConcordo com o Ematur: "isso é inexistente mas é pensavel". Assim como o celular que a muito tempo atras era impensavel mas nao imaginavel. Penso que nao posso pensar em algo que nao penso, talvez nao consiga criar uma imagem. Mas se e penso é porque ela existe, nem que seja so na minha cabeça. Nao é?
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ResponderExcluir...Pensar além do pensamento...
ResponderExcluirÀ primeira vista parece ser uma questão muito simples de se resolver, afinal se pensamos algo, nosso pensamento está limitado a esse “algo” e acerca dele. Finaliza-se. Não há além disso.
Mas fazendo uma análise mais profunda, essa “limitação do pensamento” transforma-se numa questão polêmica acerca de sua veracidade.
Se não é possível o pensar além do pensamento, como explicaríamos os avanços tecnológicos inimagináveis a alguns anos atrás? E acerca dos avanços que virão? Conseguimos imaginá-los?
Isso abre outra questão.
Alguém com toda certeza imaginou esses avanços, e alguém está nesse momento imaginando os próximos, pensando além do até então “pensável”. Assim sendo, existem mentes capazes de transcender além do pensamento das demais, mas não além do seu próprio pensamento.
Cada uma tem seu limite.
Reforçando uma postagem anterior de Isaac Haveroth, onde retira um trecho de Teixeira (2000), em que cita McGinn : "não podemos transpor os limites da nossa própria razão.Na filosofia da mente, da mesma maneira que na matemática, há problemas cuja solução é impossível."
concordo com a idéia de que talvez o fato de transendermos alguma construção já existente seja uma forma de pensar o que nunca foi pensado.
ResponderExcluirNo entanto me parece bastante relevante a idéia de que para entender as coisas(dizer o que é)eu acabo conceituando-as de acordo com a meu pensamento (PRÉ ESTABELICIDO PELO QUE SEI,QUE FOI ADQUIRIDO PELO QUE VIVI) ou seja, nunca consigo apresentar plenamente sua realidade, pois o conceito seria uma forma de limitação do ente ao meu pensamento que não conceitua o que está para além das formas de construção dele.
Sendo assim teriamos limites estabelecidos para a nossa cognição que poderiam ser causados pela limitação que oferece nossos sentidos?
Se desenvolvesemos novos sentidos, a nossa cognição dária um salto?
(entendi corretamente?!)
ResponderExcluircom o tempo evoluímos... então, conseqüentemente nosso pensamento também evolui... então, apenas evoluímos nossa maneira de pensar... mas estamos limitados aos pensamentos "daquilo" que não conhecemos.
É impossível pensar em algo que não consegue pensar. Porque pensar é raciocinar sobre algo que conhecemos, ou que somos capazes de descobrir. E se não somos capazes de descobrir e porque é algo além do que nossa estrutura
ResponderExcluircognitiva nos possibilita pensar.
"Pensar em algo que não consegue pensar" Será possível?
ResponderExcluirSegundo Thomas Nagel não podemos pensar em como ser um morcego, e o morcego não pode pensar em como ser um humano. Pois o morcego é intransponível para o humano e o humano é instransponível para o morcego.
Em seu livro Leviatã Hobbes diz: “Seja o que for que imaginemos é finito. Portanto não existe qualquer idéia, ou concepção, de algo que denominamos infinito. Nenhum homem pode ter em seu espírito uma imagem de magnitude infinita, nem conceber uma velocidade infinita, um tempo infinito, ou uma força infinita, ou um poder infinito. Quando dizemos que alguma coisa é infinita, queremos apenas dizer que não somos capazes de conceber os limites e fronteiras da coisa designada, não tendo concepção da coisa, mas da nossa própria incapacidade".
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ResponderExcluirOu seja, Paloma, nós podemos imaginar em ser como um morcego, mas nunca saber o que é ser como um morcego..
ResponderExcluirmaaas eu posso pensar nele! Então eu estou pensando além do morcego..
é dificil, ultrapassar os limites que cada um impõe em sua mente...
Podemos pensar por exemplo em alguma cor que não existe?Não conseguimos pois nunca vimos, e nem podemos imaginar, por isso dependemos do que a nossa faculdade superior de conhecimentos nos consente...
ResponderExcluirBem, creio que nossa capacidade mental seja tão poderosa quanto a qualquer matéria existente.
ResponderExcluirQuem delimita a fronteira sobre onde possa alcançar o pensamento, somos nos mesmos.
Nós humanos é que restringimo-nos a pensar de devida forma em que os espaços a novas possibilidades não encontram-se abertos.
Em relação aos sonhos, podemos pensar e entender por que sonhamos tal coisa?
ResponderExcluirSegundo Hobbes "os sonhos são causados pela perturbação de algumas das partes internas do corpo, perturbações diversas têm de causar sonhos diversos. E daqui se segue que estar deitado com frio provoca sonhos de terror e faz surgir o pensamento e a imagem de alguns objetos temerosos."