A questão mente-cérebro se apresenta necessariamente como sendo filosófica, porque de modo geral problemas conceituais sempre permearam esse âmbito do saber.
A filosofia sempre buscou meios lingüísticos de adequar o interno humano com o mundo real de maneira verdadeira.
Toda a história da humanidade foi marcada por discursos que ora reforçavam um dualismo (estados físicos diferentes de estados mentais), ora um materialismo (estados mentais como variações de estados físicos).
Como salienta o professor e mestre em filosofia Rafael de Oliveira Vaz, “a mente é um problema filosófico porque a sede do pensamento seja cérebro, espírito ou propriedades supervenientes, é a pedra fundamental da visão de natureza humana e de suas conseqüentes propriedades, conceitos necessários para qualquer ontologia que inclua o homem (e suas peculiaridades) dentre os entes que dela façam parte.”
E o surgimento da Filosofia da Mente- aliada aos avanços da ciência e à sofisticação de argumentos filosóficos - trouxe mais subsídios e possibilitou o refinamento de argumentos e contestações referentes à questão que sempre instigou o homem: desvendar a caixa preta!
15 de março de 2008
Mente e Cérebro - uma questão, a priori, filosófica
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Eu chegaria a dizer que nos dias atuais é quase impossível demarcar claramente o âmbito que separa a tarefa científica da especulação filosófica. Ambas abordagens caminham necessariamente juntas (chegando a se confundirem em diversos momentos) na tentativa de resolução do problema mente-cérebro. Filosofia sem ciência pode facilmente se tornar num retorno a algum tipo de cosmogonia....ciência sem filosofia pode ser infantil!
ResponderExcluirAs idéias existem independentemente dos homens? Se não, elas são resultado da nossa experiência, seja individual, seja coletiva. Se sim, transcende o humano. Falta-nos conhecimento, domínio de nossas próprias capacidades mentais para responder essa questão. Começamos a pensar antes mesmo de ter consciência de nossa própria existência, tampouco necessitamos respondê-la para desfrutarmos de uma vida mediana.
ResponderExcluirComo já dizia Einstein, só usamos uma minúscula parte de nosso cérebro (coisa de no máximo 6%). A medida que vamos aprendendo vamos treinando também outras partes do cérebro. Certas pessoas tem capacidade para fazerem coisas que poucos acreditam que sejam possíveis de serem feitas. A verdade é que temos muito o que aprender com nosso próprio cérebro, essa super máquina pensante.
ResponderExcluirAs idéias são independentes das pessoas e são resultados de experências e atos próprios.
ResponderExcluirE ai quanto tempo o nosso celebro filosoficamente agüenta a o pensar (usar a mente intensivamente)?
ResponderExcluirNa minha opinião e isto que atrapalha o limite do ser humano.
Separando os grandes dos pequenos, este por fim e o nosso mundo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirGostei da postagem. Gostei muito. faz um tempo que tenho o blog Filosofia da Mente e Ciências Cognitivas add nos meus favoritos, mas não tenho lido muito pois estava agarrada em dois livros, Além do Bem e do Mal e Humano, demasiado Humano do Nietzsche e além disso estou numa correria muito louca atrás de emprego ... Bom, no mais ... sou graduada em Educação Física mas tenho uma paixão por Filosofia e or Psicologia ... essa paixão começou quando uma amiga me emprestou o livro Assim Falou Zaratustra ... depois disso não parei mais de estudar, pesquisar ... Estou muito interessada em aprender mais e mais sobre as questões a filosofia da mente da psicologia e espero aprender muito aqui neste blog!
ResponderExcluirps: Este ano vou tentar vestibular para Filosofia :)