Entre os dias 27 e 29 de agosto,
a Unidavi, de Rio do sul (SC), realizará o IV Congresso Integrado de Ensino,
Pesquisa e Extensão (Ciepe). Como parte da programação do evento, o Grupo de
Pesquisa em Filosofia da Mente e Ciências Cognitivas vai promover no dia 28, a
partir das 19h, a mesa redonda ‘O cérebro e a filosofia’. Vão compor a mesa, como
debatedores, os professores Gabriel Mograbi (UFMT), Jean Segata (UFRN) e Daniel
Gontijo (UFMG), e como mediadores, os professores Nivaldo Machado (Unidavi) e Mickhael
Bachmann (UFSC).
De acordo com o coordenador do
grupo de pesquisa e organizador da mesa redonda, professor Nivaldo Machado, a
proposta da atividade é aproximar ciência e filosofia. “Nos dias atuais, temos
filósofos que entendem que seu trabalho deveria ficar restrito unicamente ao
campo metafísico e lógico. Não que isso seja de todo mal. Todavia, por mais que
essa intenção evite a superficialização do fazer filosófico ou seu desvirtuar,
essa atitude também pode acabar deixando de lado problemas que o fazer
científico pode fazer nascer e que o aparato intelectual do filósofo pode muito
contribuir. Neste caminho, nos últimos anos, venho advogando em favor de um
aproximar entre o fazer filosófico e o científico”, explica Machado.
Sendo assim, segundo ele, a mesa
redonda terá “neurocientistas, filósofos, psicólogos evolucionários,
antropólogos, cada um com suas especificidades de formação, discutindo as
interfaces entre as relações mente-cérebro em suas implicações com as inovações
advindas das neurociências e da Inteligência Artificial”.
Para o psicólogo Daniel Gontijo,
a expectativa é que haja uma discussão atípica, excitante e imprevisível. “Tendemos
a pensar que o cérebro é o mesmo diante dos olhos de todos, mas deixemos que um
antropólogo, um psicólogo e um filósofo abram a boca, e então veremos que há
pelo menos três boas maneiras de concebê-lo”, complementa Gontijo.
A entrada para a mesa redonda é
gratuita e não é necessário inscrição prévia.
Sobre os participantes:
Nivaldo Machado - Doutor em Filosofia da Mente e Epistemologia pela
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) com a tese embasada na obra de
Daniel C. Dennett: Filosofia da Mente: os algoritmos de compressão como
critérios de demarcação de âmbito do mental. Mestre em Cultura e Educação com
estudos sobre O Mistério da Consciência (uma análise do pluralismo epistemológico
de John Searle sobre a (im)possibilidade da redução dos estados e eventos
mentais a coisas. Especialista em Filosofia da Ciência/Teoria do Conhecimento.
Especialista em Psicopedagogia. Graduado em Filosofia.
Gabriel Mograbi - Graduado, Mestre e Doutor em Filosofia pela UFRJ.
Durante seu estágio doutoral no exterior (como parte do Doutorado Sanduíche)
foi Visiting Scholar na University of California, Berkeley, sob orientação do Slusser
Professor of Mind and Language, John R. Searle, com Bolsa PDEE-CAPES. Dentre as
questões da Epistemologia das Neurociências e Neuroética que pautam sua
pesquisa, dedica-se especialmente aos seguintes temas: processos de decisão, a
relação entre diferentes níveis de processamento de informação, níveis de
consciência e mind-reading.
Jean Segata - Professor do Departamento de Antropologia e do
Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFRN. Possui mestrado e
doutorado em Antropologia Social pela UFSC onde também realizou pós-doutorado.
Atualmente é pesquisador da Équipe de Recherche Hommes/Animaux: questions
contemporaines; do LAS/EHESS, do Grupo de Pesquisas Espelho Animal:
antropologia das relações entre humanos e animais; do PPGAS/UFRGS e do Grupo de
Pesquisas em Ciberantropologia; - GrupCiber do PPGAS/UFSC.
Daniel Gontijo - Possui graduação em Psicologia pela Universidade
FUMEC (2009) e especialização (2011) e mestrado (2013) em Neurociências pela
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). É membro pesquisador do grupo
Filosofia da Mente e Ciências Cognitivas (CNPq) da Unidavi. Atua como professor
da disciplina Relações Humanas no IFMG, como psicólogo voluntário (realizando
avaliação comportamental) no Ambulatório do Déficit de Atenção do Hospital das
Clínicas da UFMG e como analista do comportamento na Unimed-BH.
Mickhael Bachmann - Mestrando do programa de pós-graduação em
Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, licenciado em
História (2007), bacharel em Direito (2008), especialista lato sensu em
História: Cultura e Patrimônio (2011). Pesquisador do Grupo de Pesquisa em
Filosofia da Mente e Ciências Cognitivas, certificado pelo CNPQ. Áreas do
conhecimento de maior interesse: Epistemologia, Filosofia da Mente e Filosofia
da História.
Mal posso esperar! Vai ser um verdadeiro "estouro"! (:
ResponderExcluirEu também acho!!!!
ResponderExcluirTô afim de ir, só para ouvir os outros, é claro.
ResponderExcluirSerá uma honra assistir esse evento!!!
ResponderExcluirEu também entendo que o aparato intelectual do filósofo pode muito contribuir, aliás; prefiro que um aproximar entre o fazer filosófico e o científico torne-se urgentemente necessário. Pois: Qual é a área de atuação, que muito mais busca resgatar, remoer e transmitir, os períodos das sucessivas transformações, marcadas, registradas e ditadas pelo pensamento humano?
ResponderExcluirA carga adquirida por estes grandes nomes da filosofia tem respaldo de substancias, para entrelaçar novas pesquisas, amparadas, nos mais diversos modos de desenvolvimento, descritos ao longo dos séculos, que nos seguiram. Hoje, pois vimos que o Acadêmico ou professor que está abastecido destas “cargas” anteriores, desfruta e permeia das ideias e descobertas constantes que beneficiem o mundo do saber.
Por isso, a ideia deste advogar em favor de um aproximar entre o fazer filosófico e científico, é de uma necessidade urgente. Eu aplaudo, esta iniciativa, visto que a união, entre os dois “fezeres”, é de uma dificuldade inimaginável, para muitos.
Um Grande Abraço a todos do Grupo
Edson Stofela